Uma cena digna de filme se tornou realidade na madrugada desta quarta-feira (16), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O jovem Hyster Pedro Gonzaga, de 25 anos, viveu um momento de adrenalina e emoção ao realizar o parto do próprio filho em casa, com apoio de um médico do Samu por telefone. A esposa, Tainara Rocha, de 28 anos, e o bebê, Benício, passam bem e seguem sob cuidados no Hospital e Maternidade Municipal de Uberlândia.
O casal já era pai de dois meninos, ambos nascidos de parto normal, mas nada preparou Tainara e Hyster para a chegada repentina do terceiro filho. Com 36 semanas e 6 dias de gestação, Tainara começou a sentir contrações por volta das 2h da manhã e chegou a acreditar que fosse um alarme falso.
“Eu tomei banho, respirei, andei um pouco pela casa, mas a dor não passava. Foi então que percebi a saída de um líquido e senti que o bebê já estava vindo”, contou Tainara.
Enquanto tentava levá-la ao hospital, Hyster percebeu que não haveria tempo. “Ela já estava com as pernas abertas no meio do quarto e me pediu para ligar para os bombeiros. Eu entrei em modo avião e só obedeci”, relatou.
Na ligação para o Samu, quem atendeu foi o médico Vinicius de Morais, da Unidade de Suporte Avançado (USA). Ele manteve Hyster calmo e orientou os procedimentos iniciais para um parto seguro.
“Foi como se um copo estivesse caindo da mesa e eu corresse para pegar. De repente, vi a cabeça dele aparecendo”, descreveu o pai.
Do outro lado da linha, o médico pedia calma e explicava o que deveria ser feito. “Pedi que pegasse um cobertor, mas ele usou uma toalha aquecida para receber o bebê. Foi a primeira vez que acompanhei um parto por telefone, e tudo correu bem graças à tranquilidade deles”, disse o profissional.
Logo após o nascimento, a equipe da USA chegou à casa da família, localizada no Bairro Chácaras Tubalina, cortou o cordão umbilical e prestou os primeiros atendimentos ao recém-nascido.
Tainara e Benício foram encaminhados ao Hospital e Maternidade Municipal de Uberlândia. Ambos passam bem e seguem sob acompanhamento conforme os protocolos de segurança materno-infantil.
“Achavam que eu fosse desmaiar, mas foi o momento mais incrível da minha vida”, finalizou Hyster, ainda emocionado com a experiência que jamais esquecerá.