A Cemig registrou 1.896 focos de queimadas próximos à sua rede elétrica no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Sistema de Monitoramento e Alerta de Queimadas (SMAQ). A ferramenta utiliza sensores térmicos via satélite para detectar focos de calor em um raio de até 1,5 km das linhas de transmissão e distribuição da companhia.
A tecnologia permite que as equipes de campo sejam acionadas com rapidez, muitas vezes antes que o fogo atinja torres ou cabos de energia. Isso evita danos à estrutura da rede e garante a continuidade do fornecimento de energia para mais de 9 milhões de clientes em Minas Gerais.
No mesmo período de 2024, foram registrados 4.073 alertas, e ao longo de todo o ano, 15.293 ocorrências o maior número da história da companhia. Segundo a Cemig, o SMAQ tem sido essencial para reduzir os impactos das queimadas sobre o sistema elétrico, que, se danificado, pode comprometer hospitais, redes de abastecimento de água, comércios e indústrias.
De acordo com o engenheiro de ativos da empresa, Taumar Morais, ao identificar uma queimada em andamento, as equipes acionam o Centro de Operação da Distribuição (COD), que pode transferir a carga elétrica e evitar interrupções.
Além disso, a integração com o setor de meteorologia da Cemig permite que equipes sejam mobilizadas com até quatro horas de antecedência em áreas de risco, com base em análises climáticas e boletins internos.
“O sistema cruza informações dos satélites com o georreferenciamento da nossa rede elétrica, permitindo uma resposta precisa, direta no ponto crítico, sem a necessidade de percorrer longos trechos das linhas de transmissão”, explica o meteorologista Arthur Chaves.