Em um julgamento que durou mais de 11 horas, o Tribunal do Júri de João Pinheiro absolveu o acusado da acusação de tentativa de feminicídio, convertendo a denúncia em crime de lesão corporal. Segundo a decisão dos jurados, não ficou comprovada a intenção de matar.
O caso envolve agressões sofridas pela companheira e pela bebê de apenas 10 meses. Relatórios médicos apresentados durante o julgamento indicaram que, apesar das agressões, a mulher teve alta após poucas horas de internação, fragilizando a acusação mais grave. Em relação à bebê, os jurados entenderam que não havia provas suficientes para responsabilizar o acusado por lesões mais graves ou intencionais.

A sentença estipulou 2 anos e 9 meses de reclusão, em regime aberto, além de indenização de R$ 5.000 por danos morais à vítima. Como ele já estava preso desde o momento das acusações, foi liberado imediatamente com a expedição do alvará de soltura.
A decisão gerou forte repercussão na comunidade. Defensores dos direitos das mulheres criticam a reclassificação do crime e a pena branda, enquanto a defesa celebra a absolvição e a liberdade conquistada. O caso reacende o debate sobre os critérios adotados pelos jurados em julgamentos de violência doméstica e sobre a efetividade das medidas protetivas.
