Cemig concede R$ 84 milhões em descontos na conta de energia de agosto

Benefício, referente à receita excedente da Usina de Itaipu em 2024, vai alcançar cerca de 8 milhões de clientes da distribuidora em Minas Gerais.

Publicado em

Os clientes da Cemig terão um alívio nas contas de energia deste mês. Cerca de 8 milhões de consumidores da concessionária receberão um desconto que, somado, chega a R$ 84 milhões. O benefício é resultado da receita excedente obtida com a comercialização da energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu no mercado regulado ao longo de 2024.

De acordo com a legislação do setor elétrico, o saldo positivo da Conta de Comercialização de Energia Elétrica da Itaipu (Conta Itaipu) deve ser repassado aos consumidores em forma de crédito na fatura. O desconto é destinado às unidades residenciais e rurais que tenham registrado consumo de até 350 quilowatts-hora (kWh) em pelo menos um mês de 2024.

Anúncios
Certificar Proteção Veícular

A previsão é de que o abatimento represente, em média, R$ 10,47 por unidade consumidora, podendo chegar a R$ 34,35, dependendo do perfil de consumo.

Segundo o analista de Proteção da Receita da Cemig, Marcelo Luis Lopes, o repasse acontece anualmente, sempre que há saldo positivo da comercialização da energia de Itaipu.
“Esse desconto é concedido nas contas de energia elétrica de consumidores brasileiros a partir de sobras financeiras da comercialização da energia gerada por Itaipu. Esse saldo é avaliado anualmente e, quando positivo, resulta em um bônus referente ao exercício anterior. Na área de concessão da Cemig, cerca de 8 milhões de clientes terão esse alívio nas contas faturadas em agosto”, explica.

Os clientes poderão identificar o benefício na fatura de agosto, no campo “valores faturados”, onde estará detalhado o valor do desconto, acompanhado da informação: “bônus Itaipu art. 21 da Lei 10.438/2002”.

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, terceira maior do mundo em capacidade instalada, é administrada conjuntamente pelo Brasil e pelo Paraguai. Desde o fim da amortização da dívida de construção, em 2023, os custos de geração foram reduzidos, permitindo maior competitividade na comercialização da energia e a geração de excedentes financeiros que agora chegam diretamente ao consumidor.