Uma ocorrência de furto de peças íntimas no bairro Laranjeiras, em Patos de Minas, desencadeou a descoberta de um crime de natureza hedionda e de grande gravidade. Um jovem de 26 anos, detido por invadir o apartamento de uma vizinha e furtar calcinhas, chocou a Polícia Militar ao ser flagrado com vídeos de abuso sexual infantil em seu aparelho celular.

A investigação teve início após a vítima notar o desaparecimento de suas roupas íntimas e instalar uma câmera de segurança em sua residência. O equipamento flagrou o vizinho invadindo o local, o que motivou o acionamento da Polícia Militar.

Ao chegarem ao endereço do suspeito, os policiais o detiveram. O jovem confessou o furto das calcinhas e indicou onde estavam algumas das peças, além de um pen-drive pertencente à vítima. No entanto, o caso tomou um rumo alarmante durante a abordagem.

Segundo relatos do Tenente Luiz Paulo, da Polícia Militar, o celular do suspeito estava aberto, exibindo cenas de sexo explícito. Uma verificação mais aprofundada revelou um conteúdo “repugnante”, nas palavras do tenente. Entre os vídeos encontrados, havia imagens de uma menina, com idade estimada em menos de seis anos, sendo forçada a praticar sexo oral em um adulto com características semelhantes às do suspeito. Além disso, foi encontrado um vídeo de um bebê de colo sofrendo abuso sexual.

Questionado sobre o material, o jovem negou ser o autor dos abusos, alegando ter encontrado os vídeos na internet. Apesar da negativa, ele foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de Plantão.

A Polícia Civil apreendeu os dois celulares do suspeito para dar continuidade às investigações. O objetivo é identificar as vítimas e rastrear a origem do material, que configura crime de pedofilia. É crucial ressaltar que, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o simples ato de armazenar imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes já é tipificado como crime.