Minas Gerais Confirma Primeira Morte por Febre Amarela em 2025

Estado está em alerta para aumento da transmissão; vítima era morador de São Paulo

Publicado em

Minas Gerais registrou a primeira morte por febre amarela em 2025. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou o óbito nesta terça-feira (4 de fevereiro), colocando o estado em alerta para o avanço da doença. A vítima, um morador de Bragança Paulista (SP), faleceu após ser diagnosticada com a enfermidade na última sexta-feira (31 de janeiro). Ele se deslocava diariamente para a cidade mineira de Extrema, no Sul de Minas, onde o caso foi registrado. O local provável de contaminação ainda está sendo investigado pelas autoridades sanitárias.

O caso acende um sinal de alerta, já que, no ano passado, a primeira morte pela doença foi confirmada apenas em abril. O avanço para fevereiro neste ano reforça a preocupação das autoridades de saúde com o aumento da transmissão da febre amarela.

Ministério da Saúde reforça alerta para a febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada de mosquitos infectados. Em áreas urbanas, o principal vetor é o Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, chikungunya e zika. Já em regiões silvestres, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes são os responsáveis pela transmissão.

Diante da confirmação de casos e mortes, o Ministério da Saúde reforçou o alerta para estados com histórico de surtos, como Minas Gerais e São Paulo. O governo federal recomenda que a população mantenha a vacinação em dia, uma vez que a imunização é a principal forma de prevenção contra a doença.

A vacina contra a febre amarela está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e é indicada para pessoas a partir dos nove meses de idade. A dose única garante proteção por toda a vida.

Aumento da circulação do vírus preocupa autoridades

Além da morte registrada em Minas Gerais, São Paulo também confirmou um óbito pela febre amarela em 2025. Especialistas alertam para o risco de aumento da circulação do vírus, especialmente em regiões com baixa cobertura vacinal.

A SES-MG reforça a necessidade de medidas preventivas, como a vacinação, o uso de repelentes e a eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor. “É fundamental que a população esteja protegida. A vacina é segura e eficaz, e sua aplicação evita complicações graves e mortes”, destacou a secretaria em nota.

A situação segue sendo monitorada pelas autoridades de saúde, que investigam a origem da infecção da vítima em Extrema. A recomendação é que viajantes e moradores de áreas de risco busquem a imunização para evitar novos casos.