MP pede bloqueio de R$ 667 mil de assassino confesso de gari para indenizar filha da vítima

Órgão não acatou pedido de bloqueio de bens da delegada esposa do acusado, mas deixou possibilidade aberta para o decorrer do processo

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu à Justiça o bloqueio de R$ 667 mil em bens de Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, assassino confesso do gari Laudemir Fernandes. O valor tem como objetivo garantir uma indenização por danos morais e pensão para a filha de 15 anos da vítima, além de custear o tratamento psicológico da adolescente.

Segundo o documento do MPMG, estão previstos R$ 500 mil por danos morais e R$ 167 mil referentes ao pensionamento, calculado para um período de dez anos, até a jovem completar 25 anos.

O pedido foi feito após o indiciamento de Renê e de sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. No entanto, o Ministério Público não acatou a solicitação da defesa da família para que os bens da delegada também fossem bloqueados. O entendimento é de que, neste momento, não há base legal suficiente para responsabilizá-la, embora o órgão destaque que a decisão poderá ser revista caso surjam novas provas durante o processo.

Em agosto, a defesa da família havia solicitado o bloqueio de R$ 3 milhões, mas o pedido foi negado pela Justiça por ser considerado “prematuro”, já que o inquérito ainda estava em andamento. Agora, a nova solicitação será analisada e a defesa de Renê terá prazo legal para apresentar contestação.