As queimadas em Minas Gerais estão causando prejuízos cada vez mais significativos ao fornecimento de energia elétrica. De janeiro a agosto de 2025, 146.432 consumidores tiveram o serviço interrompido em 235 ocorrências registradas na rede da Cemig. Apenas no mês de agosto, o número de clientes afetados superou o acumulado dos sete primeiros meses do ano, com 76.411 unidades consumidoras impactadas contra 70.021 de janeiro a julho um crescimento de 109,1%.
No Norte de Minas, os desligamentos saltaram de 12 mil até julho para 20.720 até agosto, sendo 8.397 apenas no último mês, representando alta de 146,7%. Já a região Leste foi a mais atingida, com mais de 57 mil unidades consumidoras prejudicadas em 46 incidentes.
Além dos prejuízos diretos à população, que incluem hospitais, escolas e comércios sem energia, as queimadas representam risco à segurança e à saúde. Postes, cabos e torres destruídos pelas chamas prolongam o tempo de restabelecimento, enquanto a fumaça agrava doenças respiratórias comuns nesta época do ano. “A destruição de equipamentos pode aumentar muito os transtornos. O excesso de fumaça também traz sérios riscos à saúde”, afirma o engenheiro da Cemig, Felipe Ildefonso Mendonça.
A companhia mantém ações preventivas como limpeza de faixas de servidão, poda de árvores e remoção da vegetação próxima a postes e torres. Também adota medidas específicas em áreas críticas, como a construção de aceiros e a aplicação de tinta antichamas na base das estruturas.
A população pode contribuir com atitudes simples, como não descartar pontas de cigarro em áreas rurais, apagar totalmente fogueiras em acampamentos e evitar deixar garrafas de vidro ou plástico sob o sol em locais com vegetação.
Provocar queimadas é crime e pode levar à prisão, além de colocar em risco vidas humanas, o meio ambiente e o fornecimento de energia em todo o estado.